"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre."
......................................................................................................................................................................................Paulo Freire

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dizer não desde cedo pode evitar a violência na escola

Divulgação 061/2013
Com palavras simples e diretas, o promotor de Justiça de Cachoeira do Sul, João Ricardo Tavares, levou suas experiências e suas orientações aos professores da rede municipal.
O encontro aconteceu na noite de terça-feira (16), no Colégio Marista Roque, no segundo encontro do ciclo de palestras, promovido pelo departamento de eventos da Secretaria Municipal de Educação.
Para João Ricardo, a conscientização dos pais de que é preciso dizer não aos filhos, e o ensinamento de que as crianças e adolescentes devem respeitar o próximo, podem ajudar a evitar a violência na escola. “É fácil permitir, mas certamente não vamos estar criando bons cidadãos”, sintetiza.
O promotor exemplificou sua fala, relembrando que na sua infância, matar passarinhos com bodoque não era repreendido. Com o passar dos anos, com toda a consciência ecológica que se formou e o trabalho permanente com as crianças de que isso não é correto, não se vê mais nos dias de hoje este tipo de coisa, o que mostra que os limites devem começar desde cedo.
O promotor também faz um apanhado das mudanças de comportamento nos últimos 25 anos, desde a promulgação da Constituição Federal, documento interpretado muitas vezes de maneira equivocada por alguns cidadãos.
Em 1988, quando foi criada, se saía de um período autoritário de ditadura e se conquistava direitos garantidos pela nova legislação. O reflexo da má interpretação nos dias de hoje se percebe com a perda de muitos valores morais.
MUDANÇA DE PERFIL E CRACK
O promotor ressaltou ainda que a mudança de perfil das famílias, onde pais e mães precisam trabalhar fora para garantir o sustento dos filhos, tendo que deixa-los com parentes, babás ou nas creches, também pode influenciar para a falta de limites no futuro. Um terceiro ponto destacado por ele é a influência das drogas, tanto lícitas quanto ilícitas.
“O crack acabou com qualquer tipo de respeito que existe entre o ser humano. Acompanhei um caso em que do desespero para conseguir comprar droga, um filho chegou a esfaquear a mãe para pegar o aparelho de DVD da casa”, lamentou.
João Ricardo acrescentou ainda que os professores sofrem no dia a dia as consequências daquilo que não vai bem em casa. Quando o fato chega do Judiciário, é sinal que nem a família e nem a escola conseguiram resolver a situação.




Nenhum comentário:

Postar um comentário